quinta-feira, 12 de abril de 2007

Efêmera existência

Existo?
Existo!
Corro...
...Como...
...Durmo
Existo?
Existo!
Tropeço...
...Caio...
...Levanto
Existo?
Existo!
Enxergo...
...Ouço...
...Sinto
Existo?
Existo!
Nasço...
...Vivo...
...Morro.
Existi!
Existi??

3 comentários:

Anônimo disse...

Esse texto me reporta à célebre sentença de Descartes “Penso, logo existo” ou, talvez, ao pensamento de Sto. Agostinho: si fallor sum: se erro, existo. Na verdade, parece que a única segurança que temos é a de que existimos, ou seria um engano? – Mas se o fosse, o simples fato de EU estar enganado prova que EU existo! Pelo menos enquanto ser pensante.

A vida é a expressão de um extremo relativismo, sendo a verdade determinada pelo ser humano. Toda percepção da realidade é um processo que ocorre no sujeito. Isso me faz questionar de onde vem essa busca, essa necessidade de solucionar os mistérios da vida? Quando nem as mais simples perguntas podem ser respondidas. “Por que estamos aqui”, “O que é a alma”, “Por que sonhamos”... No final, o que importa se o coração humano só pode encontrar significado para os menores momentos?

Lembro-me das lições do meu velho e bom professor de filosofia Alexandre Costa, dizia ele: “O "penso, logo existo" não basta. O futuro é de quem refletir sobre essa idéia. Sem a inteligência da inteligência, não há evolução”.

Seja como for... Continuamos marchando para o amanhã nesta estrada infinita.

Acéfala disse...

O comentário acima foi de quem? Provavelmente alguém que ama filosofia, logo, conquistou minha admiração.
E você sabe que já a tem, né penseiro? Texto bem bolado, com um aspecto primordial em nossa existência (ou não existência): questionar-se!
Seu senso crítico é admirável.

Observatório da Cidadania disse...

Finalmente a vejo na íntrega!Um primor,me lembrou até o Drummond e seus joguetes com idéias e fatos concretos.Esse tem futuro...presente e passado